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Wakaya: termo que significa troca de saberes nomeia Programa de Biodiversidade da OTCA

Escolhida como nome oficial para o Programa Regional de Diversidade Biológica para a Bacia/Região Amazônica da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), a palavra indígena Wakaya, de origem kokama, sintetiza a troca de saberes que o programa objetiva estimular.


Criado para orientar a implementação de ações de cooperação regional na área da diversidade biológica para a próxima década, o Programa Regional de Diversidade Biológica para a Bacia/Região Amazônica da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) adotou a palavra indígena Wakaya, de origem kokama, como seu nome oficial. Com o significado de troca de saberes, o termo Wakaya simboliza bem as ações de cooperação necessárias para melhorar a gestão da diversidade biológica e a proteção dos conhecimentos tradicionais dos povos indígenas, comunidades locais e outras comunidades tribais da Bacia/Região Amazônica, entre os oito Países Membros da OTCA – Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.


A escolha de um termo indígena para nomear o Programa Regional de Diversidade Biológica para a Bacia/Região Amazônica da OTCA também coincide ao começo da Década Internacional das Línguas Indígenas (2022-2032). Período decretado pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) para chamar a atenção mundial sobre a situação crítica de muitas línguas em perigo de desaparecimento e a necessidade de usá-las e preservá-las para as gerações futuras.


Habitante da região do alto e médio Solimões, o povo kokama se divide por territórios no Brasil, Peru e Colômbia. Sua língua é classificada como parte da família Tupi-Guarani, tronco Tupi, com origem ligada às várias migrações de grupos Tupi do Brasil para regiões peruanas em tempos pré-colombianos.


Com base no nome escolhido, a OTCA, com suporte da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, desenvolveu a marca Wakaya e o projeto de sua identidade visual para diferentes aplicações considerando uma paleta de cor que tivesse identidade e comunicasse de forma impactante os conceitos escolhidos para a identidade.


“Após uma pesquisa visual sobre o significado do nome, com desenhos e grafismos relacionados aos povos da floresta e imagens e referências relacionadas à Floresta Amazônica, desenvolvemos a identidade visual. O esboço de uma mandala com o nome Wakaya, a partir de uma expressão visual indígena feita por um dos integrantes do grupo, serviu para a criação do símbolo da marca. O processo com várias instâncias de decisão, vozes muito diversas e ideias distintas foram o diferencial no processo criativo e, é claro, no resultado final tão original, forte e inovador”, explica o designer gráfico e professor da UnB (Universidade de Brasília), Luciano Mendes, consultor responsável pela elaboração da marca e seu manual de identidade visual.

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